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Em um país com temperaturas tão altas quanto o Brasil, o ar-condicionado veicular é um item praticamente obrigatório para muitos motoristas — principalmente para aqueles que costumam passar uma boa parte do dia enfrentando o trânsito caótico das grandes cidades.
Em dias mais quentes, é difícil percorrer qualquer trajeto sem ligá-lo, ainda mais quando é necessário enfrentar o trânsito.
Mesmo que tenha se tornado um acessório comum no carro, muitos motoristas têm dúvidas sobre a sua utilização correta e higienização adequada. Confira a seguir alguns mitos e verdades sobre o ar-condicionado de carro.
1 – Contribui para o desgaste da camada de ozônio? Mito!
Essa ideia é antiga e ficou defasada. Em 1989, 150 países firmaram um acordo através do Protocolo de Montreal, através do qual assumiram o compromisso de banir gradualmente o uso de substâncias como o CFC (clorofluorcarbono) e o R12 para refrigeração.
Até então, essas substâncias eram utilizadas em larga escala, quando foi descoberto seu potencial de destruição contra a camada de ozônio.
O CFC e o R12 foram substituídos pelo HFO (hidrofluorolefina), que tem potencial muito menor de dano ao meio ambiente e hoje domina a cena de refrigeração.
2 – Manter o ar ligado aumenta o consumo de combustível? Verdade!
Apesar de se tratar de uma afirmação correta, o gasto não é tão elevado quanto se pensa. O uso do ar-condicionado automotivo consome em média de 10% a 20% a mais de combustível.
Além disso, há diferenças entre usar o ar-condicionado na estrada e nas cidades.
Andar com os vidros abertos a mais de 80 km/h interfere na aerodinâmica do veículo, gerando mais gasto de combustível do que a locomoção com o ar ligado. Isso acontece pois a entrada lateral de vento acaba interferindo no rendimento do automóvel.
3 – Ar-condicionado automotivo causa doenças respiratórias? Mito!
Engana-se quem acredita que o uso de ar-condicionado de carro pode levar ao desenvolvimento de alergias e doenças respiratórias. O problema está, no entanto, na falta de manutenção adequada do item.
A falta de troca do filtro de cabine, por exemplo, pode levar impurezas ao ambiente interno do veículo, que podem ser inaladas por seus ocupantes, contribuindo com o surgimento de problemas de saúde como esses.
Este é um dos muitos motivos que atestam a importância da manutenção correta e frequente do sistema de ar-condicionado do seu carro. Cuidados desse tipo podem parecer simples ou até mesmo dispensáveis, mas fazem toda a diferença.
4 – É preciso ligar o ar-condicionado do carro pelo menos uma vez por semana? Verdade!
Essa é uma recomendação importante sobretudo durante o inverno, quando o utensílio é raramente utilizado. Em períodos nos quais o ar não é utilizado com frequência, ligue-o pelo menos uma vez por semana, por no mínimo 10 minutos.
Isso ajuda a lubrificar o sistema e evitar o ressecamento das peças do aparelho, o que pode gerar prejuízos posteriores. Melhor prevenir, não é?!
5 – Ar-condicionado só se for de fábrica? Mito!
Essa é uma lenda muito disseminada quando o assunto é ar-condicionado automotivo. É comum ouvir que carros que não saíram da fábrica já equipados com esse aparelho não podem tê-lo instalado posteriormente, mas não é bem assim.
É possível implementar um ar-condicionado em um carro que ainda não tenha o item, mas é preciso atenção para utilizar o mesmo sistema da montadora de seu veículo.
Portanto, o mais indicado sempre é levá-lo a uma concessionária para que o procedimento seja realizado de maneira adequada e supervisionada.
6- É indicado desligar o ar-condicionado quando estiver chegando ao destino? Verdade!
Quando estiver próximo do seu destino, lembre-se de desligar o aparelho e deixar o carro funcionando apenas com a ventilação.
Afinal, qual a importância disso? Essa prática é fundamental para eliminar toda e qualquer umidade da tubulação, evitando, assim, a proliferação de fungos e bactérias.
Isso também fortalece o argumento explicado no item três, já que esses organismos também podem favorecer a evolução de uma alergia ou problema respiratório.
7 – O ar-condicionado gasta o gás do sistema? Mito!
Esse também é um mito muito comum, mas a verdade é que o gás do sistema não fica velho nem precisa ser trocado, e só vaza se houver algum defeito ou problema no sistema.
Também não precisa ser completado ou reposto se toda a manutenção automotiva estiver em dia.
Sendo assim, não há necessidade de evitar usar o ar-condicionado do carro para não gastar o gás, esse é apenas mais um mito sem qualquer fundamento disseminado por aí.
Leia também: Você sabe quanto de gás vai no seu carro? Clique aqui e descubra!
8 – O óleo do ar-condicionado fica velho? Mito!
Cuidado para não confundir o óleo do ar-condicionado com o óleo do motor do carro (esse sim precisa ser trocado com determinada frequência, como bem se sabe).
O óleo do ar-condicionado precisa ser trocado ou completado apenas em casos em que há vazamento ou é necessário realizar algum tipo de manutenção específica no sistema.
9 – Ar-condicionado digital funciona melhor do que o modelo manual? Mito!
Não é verdade que o ar digital tem capacidade de resfriamento superior ao do ar comum.
A única diferença entre eles fica por conta dos controles de temperatura, que são mais precisos no aparelho digital, e possibilitam a regulagem individual de temperatura para cada passageiro.
Em geral, ambos os tipos de aparelho têm a mesma capacidade de resfriamento se tiverem a mesma configuração.
10 – Ligar o ar com o carro em alta velocidade pode danificar o sistema? Mito!
Algumas pessoas evitam acionar o ar-condicionado do carro quando este se encontra em alta velocidade por acreditar que isso poderia causar um impacto no compressor, prejudicando o sistema do aparelho.
Esse é apenas mais um mito relacionado ao ar-condicionado automotivo, e não tem qualquer fundamento: o acoplamento do compressor ao motor é feito através de uma embreagem eletromagnética, o que garante a transmissão gradativa da força do motor ao compressor, impossibilitando que esse impacto ou “tranco” ocorra.
11 – Os filtros do ar-condicionado devem ser trocados com frequência? Verdade!
Muitas pessoas optam por não trocar o filtro ou acabam esquecendo de fazê-lo, mas esse procedimento é essencial para manter o bom funcionamento do aparelho, garantindo a saúde dos passageiros do automóvel.
O filtro de cabine serve para evitar que as impurezas externas ao carro ou que ficam dentro do sistema do ar-condicionado cheguem às vias respiratórias dos ocupantes do veículo.
A maioria dos fabricantes aconselha que a troca do filtro do ar-condicionado seja feita a cada 6 meses ou 1 ano, mas isso varia de fabricante para fabricante e conforme o uso do seu veículo.
O ideal é que a troca seja realizada a cada seis meses, junto com a higienização do sistema.
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